domingo, 18 de abril de 2010

Professores de castigo

É lamentável ler um texto medíocre, cujo título é "Professores de castigo" de autoria de uma repórter imprudente, inábil e seus impropérios descabíveis, talvez pela sua ignorância e estupidez, e publicado por uma revista irresponsável (Época), pertencente ao conglomerado congênere chamado "Globo" que pratica um jornalismo parcial, enganoso, manipulador, aquele que lhe interessa.
O texto aborda o Sistema de Educação Pública dos Estados Unidos, especificamente de Nova York, das práticas de um facínora incapaz de gerir um sistema educacional, e que ocupa o cargo de Secretário de Educação dessa cidade, além de fazer uma relação direta com a educação pública brasileira, mais especificamente com a educação pública do estado de São Paulo.
Por que será que a educação pública do "grande império" do poder econômico - EUA - maior economia mundial, está combalida, assim como a educação pública do estado de São Paulo, estado com 'Status" de maior potência econômica brasileira? Será que a culpa é do professor? Por que será que essas grandes potências econômicas não estão liderando o "ranking" dos países, estados ou cidades com melhor desempenho educacional? Como são tratados os professores dos países que estão no topo da lista de melhor desempenho educacional? Como são tratados os professores onde o sistema de educação está combalido? Qual a infraestrutura das escolas desses países que têm a melhor educação mundial? Quais as condições de trabalho dos professores desses países, estados ou municípios que apresentam uma educação de qualidade? E a nossa?
Gostaria que esta revista medíocre (Época) e o conglomerado Globo, a revista Veja e o conglomerado Abril, O grupo do Jornal Estadão, Jornal Folha de São Paulo e toda a grande imprensa que estão a serviço dos governantes, que praticam um jornalismo parcial, defendendo sempre seus próprios interesses, respondessem essas perguntas para a sociedade brasileira.
Assim como em Nova York, o professor da rede pública do estado de São Paulo é tratado com desrespeito, desvalorização, humilhação, tanto pelo governo corrupto e malfeitor da educação, que sucateou a educação pública estadual, quanto pela imprensa medíocre que presta um deserviço à sociedade, e por parte da sociedade que é manipulada pelo governo e por essa imprensa que aí está.
A quem interessa uma sociedade sem educação? Quem é mais fácil ser manipulável: uma sociedade com educação de qualidade ou uma sociedade desinformada, sem educação?
Trechos da publicação:
* "No estado de São Paulo o plano é mais suave que as salas de castigo. Em vez de punir maus professores, trata-se de premiar os melhores. A cada ano, o Estado aplicará uma prova para diretores, professores, coordenadores e supervisores. Os 20% mais bem avaliados receberão aumentos de 25% do salário".
Gostaria de perguntar para essa repórter leviana, se ela tivesse estabilidade em seu serviço, ela se sujeitaria a escrever um texto fatídico como este, somente para atender interesses do grupo?
Gostaria de saber por que os políticos, médicos, advogados, juízes, garis ou qualquer outro funcionário público do estado de São Paulo não fazem nenhuma prova para obter reajustes por mérito?
Por que todos os professores que foram aprovados nesta "fatídica" avaliação do mérito não serão contemplados com o aumento salarial?
Esta imprensa medíocre e manipuladora acha que uma prova "decoreba" mede conhecimento ou testa aptidão de alguém?
Por que esta revista medíocre não abre um espaço para dar "voz" aos professores, para indagar as condições de trabalho do professor, para divulgar o salário pago pelo governo do estado de São Paulo aos professores e para mostrar a verdadeira capacitação dada aos professores da rede estadual de Educação?
* "Embora ainda tenha muito trabalho pela frente, Klein conseguiu mostrar avanços no ensino. Entre 2005 e 2008, a taxa de conclusão do ensino médio aumentou de 47% para 61%. No mesmo período, a taxa de desistência caiu de 22% para 14%. Entre 2006 e 2009, a porcentagem de estudantes que atingiram os padrões adequados de aprendizagem para sua idade saltou de 57% para 82%, e a diferença entre o desempenho dos alunos negros em relação ao dos brancos diminuiu de 31% para 17%."
Mais uma vez, essa imprensa medíocre e descompromissada, mostra sua ineficiência e ingenuidade ao publicar tais dados.
Vimos recentemente a manipulação dos resultados da avaliação estadual SARESP e IDESP, mudanças de regras de última hora por parte da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo, tentando, mais uma vez, ludibriar a sociedade, tentando mostrar que houve avanços significativos na educação estadual. Tudo politicagem.
Prof. Everaldo Rocha.

TROQUE 1 PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES

TROQUE 1 PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES

EU APOIO ESTA TROCA

344 professores que ensinam = 1 parlamentar que rouba.

Essa é uma campanha que vale a pena! Troque um parlamentar por 344 professores.

Prezado amigo! Sou professor de Física, de ensino médio de uma escola pública em uma cidade do interior da Bahia e gostaria de expor a você o meu salário bruto mensal: R$650,00.

Eu fico com vergonha até de dizer, mas meu salário é R$650,00. Isso mesmo! E olha que eu ganho mais que outros colegas de profissão que não possuem um curso superior como eu e recebem minguados R$440,00.

Será que alguém acha que, com um salário assim, a rede de ensino poderá contar com professores competentes e dispostos a ensinar?

Não querendo generalizar, pois ainda existem bons professores lecionando, atualmente a regra é essa: O professor faz de conta que dá aula, o aluno faz de conta que aprende, o Governo faz de conta que paga e a escola aprova o aluno mal preparado. Incrível, mas é a pura verdade! Sinceramente, eu leciono porque sou um idealista e atualmente vejo a profissão como um trabalho social.

Mas nessa semana, o soco que tomei na boca do estomago do meu idealismo foi duro! Descobri que um parlamentar brasileiro custa para o país R$10,2 milhões por ano... São os parlamentares mais caros do mundo. O minuto trabalhado aqui custa ao contribuinte R$11.545. Na Itália, são gastos com parlamentares R$3,9 milhões, na França, pouco mais de R$2,8 milhões, na Espanha, cada parlamentar custa por ano R$850 mil e na vizinha, Argentina, R$1,3 milhões.

Trocando em miúdos, um parlamentar custa ao país, por baixo, 688 professores com curso superior !

Diante dos fatos, gostaria muito, amigo, que você divulgasse minha campanha, na qual o lema será: 'TROQUE UM PARLAMENTAR POR 344 PROFESSORES'.

COMO VOCE VAI VOTAR DEPOIS DE LER ESTA MATÉRIA?

(Autor: Anônimo)

domingo, 4 de abril de 2010

Comportamento


Adolescentes que passam muito tempo assistindo à TV ou usando computadores parecem ter relacionamentos mais distantes com seus pais e colegas, de acordo com um estudo publicado no periódico Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine.
Nos últimos 20 anos, os adolescentes têm cada vez mais participado de atividades mediadas por recursos eletrônicos. “A disponibilidade e a atratividade desse tipo de mídia têm causado bastante curiosidade nos pesquisadores, ao mesmo tempo em que traz preocupações sobre como isso substitui outras atividades presenciais, que são importantes para a saúde e o desenvolvimento desses indivíduos”, afirmam os autores.
“Algo interessante é observar como esses tipos de equipamentos eletrônicos afetam a qualidade dos relacionamentos.
”Rosalina Richards, da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, e seus colaboradores, observaram adolescentes com idade entre 14 e 15 anos. Eles foram convidados a preencher questionários sobre seus hábitos durante as horas vagas, assim como sobre seu relacionamento com pais e amigos.
Quanto mais tempo assistindo à TV ou se divertindo com jogos no computador, piores as relações interpessoais, ou seja, maior dificuldade em terem laços afetivos. Em média, os adolescentes tinham uma piora de 4% a 5% nos níveis de relacionamento observados para cada hora na frente da televisão ou do computador.
Na contramão, os adolescentes que tinham hábitos de leitura ou se concentravam em tarefas acadêmicas tinham os melhores relacionamentos.
“A ideia geral é que ter acesso aos programas de TV ou computador faria que os adolescentes tivessem mais assuntos para serem discutidos e isso seria benéfico para seus relacionamentos”, dizem os pesquisadores. “Porém, isso não se mostrou verdadeiro.”Há uma série de mecanismos que podem ter relação entre tempo gasto em frente a mídias eletrônicas e piores níveis de relacionamento.
Os adolescentes com televisão ou computador no quarto podem, por exemplo, ter menos contato com a família, incluindo o tempo gasto com as refeições em conjunto. “Entretanto, também é possível que esses indivíduos tenham menos amizades diretas e, como reflexo disso, invistam mais tempo em procurar amizades virtuais ou mesmo os chamados “relacionamentos parassociais”, ou seja, relacionamentos ilusórios com personagens diminuindo as necessidades de inclusão emocional real.
Os laços emocionais entre pais e amigos são importantes para o desenvolvimento saudável dos adolescentes e os dados coletados pelo estudo mostram a necessidade de se observar o tempo gasto por esses indivíduos na frente das telas de TV ou computador.
“Com o rápido avanço das tecnologias é importante monitorar os efeitos – negativos ou positivos – desses aparatos no desenvolvimento do bem-estar psicológico, social e físico desses adolescentes”, enfatizam os autores.
(Colaboração: Cláudio Lima)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A greve da hora

Coluna de Janio de Freitas - Folha de São Paulo

A greve da hora


É legítimo, e da definição de sindicato que participe da vida política com a posição mais conveniente à classe
A ideia do PSDB de buscar uma punição judicial para o sindicato dos professores oficiais de São Paulo, por considerar que a greve da classe tem propósitos eleitorais, é uma mau começo de campanha para José Serra e os candidatos peessedebistas em geral, no Estado.
Não é preciso, nem seria sensato, duvidar do componente eleitoral da greve. Por ao menos dois bons motivos, melhor caberia louvar a ocorrência de uma greve também política.
É legítimo, e da própria definição de sindicato, que participe da vida política com a posição mais conveniente à classe. Inclusive com greves, cuja base legal ou ilegal só à Justiça, e jamais a governos e à polícia, cabe proclamar. O histórico reacionarismo brasileiro foi que propagou a ideia de que sindicatos e congêneres só podem promover ações sem mais pretensão ou conotação do que reivindicações profissionais específicas. E, ainda assim, bastante estritas e sob legislação muito restritiva.

O outro motivo para ver a greve sem olhos injetados é o fato mesmo, só ele, de ser uma greve lançada por associação de classe. Se tem componente político e eleitoral, não foi dele e por ele que nasceu. Foi, como ficou bem registrado em editorial da Folha de ontem, do fato de que, "desde 2005, os professores paulistas receberam apenas 5% de aumento salarial, contra uma inflação de 22% no período".

Não fosse esse tratamento iníquo ou, mesmo com ele, não coincidisse o acúmulo de iniquidade com a fase já eleitoral, o governo Serra e o PSDB em geral não teriam por que falar em greve política e eleitoreira. No final, importa muito mais é que uma associação de classe se mostre viva, quando todas as associações devedoras da ação política própria da democracia parecem, há tanto tempo, sugadas de toda a sua vitalidade.
Impedir sindicatos e congêneres de se manifestar politicamente seria trazer de volta um pedaço de ditadura.