domingo, 29 de novembro de 2009

Paulo Freire

Biografia
Paulo Reglus Neves Freire nasceu no dia 19 de setembro de 1921, em Recife, Pernambuco, uma das regiões mais pobres do país, onde logo cedo pôde experimentar as dificuldades de sobrevivência das classes populares. Trabalhou inicialmente no SESI (Serviço Social da Indústria) e no serviço de Extensão Cultural da Universidade de Recife. Ele foi quase tudo o que deve ser um educador: de professor de escola a criador de idéias e "métodos".
Sua filosofia educacional expressou-se primeiramente em 1958, em sua tese de concurso para a Universidade de Recife, e, mais tarde, como professor de História e Filosofia da Educação daquela Universidade, bem como em suas primeiras experiências de alfabetização, como a de Angicos, Rio Grande do Norte, em 1963.
A coragem de colocar em prática um autêntico trabaldo de educação, que identifica a alfabetização com um processo de conscientização, capacitando o oprimido tanto para a aquisição dos instrumentos de leitura e escrita quanto para a sua libertação, fez dele um dos primeiros brasileiros a serem exilados.
Paulo Freire foi, sem dúvida alguma, um educador humanista e militante. Em concepção de educação, parte-se sempre de um contexto concreto para responder a esse contexto.
Em educação como prática da liberdade, esse contexto é o processo de desenvolvimento econômico e o movimento de superação da cultura colonial nas "sociedades em trânsito". Paulo Freire procura mostrar, nessas sociedades, qual é o papel da educação, do ponto de vista do oprimido, na construção de uma sociedade democrática ou "sociedade aberta". Para ele, essa sociedade não pode ser construída de uma política de reformas. Essa nova sociedade só poderá construir-se como resultado da luta das massas populares, as únicas capazes de operar tal mudança.
Paulo Freire no Brasil e no Mundo
A metodologia por ele desenvolvida foi utilizada no Brasil em campanhas de alfabetização e, por isso, ele foi acusado de subverter a ordem instituída, sendo preso após o Golpe Militar de 1964. Depois de 72 dias de reclusão, foi convencido a deixar o país.
Exilou-se primeiro no Chile, onde, encontrando um clima social e político favorável ao desenvolvimento de suas teses, desenvolveu, durante 5 anos, trabalhos em programas de educação de adultos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Foi aí que escreveu a sua principal obra: Pedagogia do Oprimido.
Em Paulo Freire conviveu um sempre presente senso de humor e não menos constante indignação contra todo tipo de injustiça.
Casou-se, em 1944, com a professora primária Elza Maia Costa de Oliveira, com quem teve cinco filhos. Após a morte de sua primeira esposa, casou-se com Ana Maria Araújo Freire, uma ex-aluna.
Paulo Freire é autor de muitas obras. Entre elas: Educação prática da liberdade (1967), Pedagogia do oprimido (1968), Cartas à Guiné-Bissau (1975), Pedagogia da esperança (1992), À sombra desta mangueira (1995).
Foi reconhecido mundialmente pela sua práxis educativa, através de numerosas homenagens. Além de ter seu nome adotado por muitas instituições, é cidadão honorário de várias cidades no Brasil e no exterior.
Paulo Freire foi professor titular da Faculdade de Educação da Unicamp durante 11 anos depois de sua volta do exílio (01/09/1980 - 05/03/1991).

domingo, 8 de novembro de 2009

A deselegância de Caetano Veloso

Sou fã do Caetano Veloso "Compositor". Respeito-o como pessoa e admiro-o como compositor e cantor.
A mim não interessa se ele é homossexual, bissexual ou heterossexual. A sua opção sexual não diminui a sua competência no que faz ( e muito bem) - compor e cantar.
O seu estilo de vestir (meio "Agostinho Carrara") também, não diminui suas competência naquilo que sabe fazer - compor e cantar - e não me dá o direito de rotula-lo como "cafona" ou "deselegante".
As turbulências matrimoniais numa união controversa, que foram divulgadas pela mídia, a mim nunca interessaram.
O que me interessa é o Caetano compositor e cantor. O que me interessa realmente é a sua obra, é o seu talento para compor e cantar.
Mas... o seu "Status" não lhe dá o direito de ir à mídia para falar asneiras.
Quando o Caetano vai à mídia para falar que o Presidente da República é "analfabeto" , "cafona" e "grosseiro", ele está sendo no mínimo, deselegante e grosseiro.
Acho que o Caetano não sabe o que é ser analfabeto.
Analfabeto: que ou quem não sabe ler e escrever (Aurélio).
Pobre ignorante é aquele que acha que educação se resume apenas em educação bancária!!!!
Tão importante quanto a educação adquirida num banco de escola (Educação Bancária), é a educação adquirida pela vida, pela experiência vivida.
Educação bancária é necessária, mas não é suficiente. Competências e habilidades não são adquiridas apenas nas universidades.
Ter vários diplomas e falar vários idiomas não são pré-requisitos para ser um bom administrador, para comandar uma nação.
Temos exemplos de doutores que já comandaram esta nação e foram verdadeiros fiascos.
O Caetano está se tornando um asneirento. Já fizera críticas ferrenhas ao seu "amigo" Gilberto Gil, quando Gil era Ministro da Cultura. Agora, está sendo deselegante e grosseiro ao rotular o presidente Lula de "analfabeto".
Será que é despeito por não ter sido convidado a participar do governo?
Não sou contra seu apoio publicamente à candidatura da Marina Silva à presidência. Eu também voto na Marina Silva. Mas, esse apoio poderia ser de uma forma um pouco elegante.
Prof. Everaldo Rocha.